Às vezes me pergunto o motivo pelo qual, sendo a fotografia a arte da luz, vivem as sombras e silhuetas tão perto de minha câmera. A filosofia me auxilia (dá-lhe, Noel) a pensar que são opostos unidos pelo mesmo cordão umbilical. A luz só se inscreve na escuridão, e vice-versa. Adoraria dizer que é uma relação dialética, mas estamos nos século 21 e o péssimo casamento no passado recente com o materialismo ideologizou (no mau sentido) a expressão para os próximos 50 anos. Acreditem-me: o cidadão em questão não é meu conhecido, nem sabia que estava sendo fotografado. Na verdade, este é só mais um registro das expressões de encanto, surpresa e deslumbramento diante do poente no Leblon. Mas é sempre bom lembrar (dá-lhe, Gil) - ele só é tão belo porque a forte luz do sol oculta por completo a favela do Vidigal. E tome dialética...
sábado, 26 de abril de 2008
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