Este curta, feito com imagens captadas em Búzios e Barcelona, foi selecionado para o Festival do Filme Ecológico de São Sebastião, em São Paulo. Um clipe com gosto de sal... Veja aqui:
sexta-feira, 27 de junho de 2008
quinta-feira, 26 de junho de 2008
Improvidência
sexta-feira, 20 de junho de 2008
Las Minas de Potosí
Este curta, feito em 2004, foi classificado no Festival de Cinema de Girona, onde conquistou duas premiações em sua categoria: melhor roteiro e edição. Reunindo imagens da riqueza em Madri e Barcelona em contraste com uma igreja "pobre" no centro do Rio, recupera um pequeno texto que escrevi lá pelos meados dos anos 70, baseado na obra de Eduardo Galeano: http://www.youtube.com/watch?v=mqohMJ6WLNo
A foto é de Tarragona, em 2000.
Elias Fajardo: A Cidade e o Jardim
Conheça um pouco da obra do jornalista, escritor e artista plástico Elias Fajardo. Este quadro aí embaixo, de sua lavra, enobrece uma parede de minha casa. Clicando no link a seguir, você assiste a um pequeno vídeo feito por ocasião de sua mostra "O Jardim e a Cidade", no Jardim Botânico do Rio de Janeiro: http://www.youtube.com/watch?v=2AeImAEiOjs
terça-feira, 17 de junho de 2008
O GÊNIO DA ORATÓRIA
Os bares se assemelham aos pulmões: ficam cheios e vazios em um ritmo constante, principalmente aqueles botequins mais imundos, onde parece que só é possível comprar cigarros. Mas não, há ali sempre uma cachaça de tonel, uma cerveja que dói no dente e quase sempre uma barata – mas ninguém é perfeito. Sete da noite, por exemplo, é uma hora das plenas, onde milhares de zés iguais a milhões de joãos – a tal parte baixa do PIB... – se encontram, se é que.
Mas há também um outro povo, localizado no meio da pirâmide, que se não molhar o bico não tem saúde para chegar em casa. Porre é porre, e neles se misturam fraternalmente (nem sempre) sonhos, perdigotos, bafos, cheio de mijo e o diabo do cigarro que a tudo parece envolver, de gente que nem eu, que nem você, que nem a porra do planeta, onde há sempre um bar para se confraternizar.
- Mais uma, Pedro!
- Porra, mas que história é de rio é essa, Zé?
- Você pode não acreditar, mas existe nesta cidade de bosta um rio de verdade, destes que nascem purinhos, no meio da mata, cabacinho que só, e que a gente pensa que só encontra em postal antigo.
- Como é que você descobriu esta pérola natural?
- Ele nasce na floresta da Tijuca, dia e noite minando uma água limpinha, fresca...
Pedro chega com a cerveja, serve a gelada, encosta para assuntar o tema da conversa.
- O diabo é que ele dali parte em direção à cidade e toma na veia uma overdose de lixo, esgoto, cocô, defuntos, até móveis abandonados, e quando mergulha na Baía de Guanabara, polui ela mais ainda!
O grito faz o bar olhar para ele, é o cão que se aproxima, baixou o santo orador, estava na hora de um discurso cheio de mé na idéia!
- O nome é rio dos Macacos, é um dos lugares mais lindos do Rio de Janeiro!
- Você esteve lá, campeão? – pergunta Pedro.
- Não, não, eu li no jornal... Ele não tem culpa se a humanidade faz dos seus rios intestinos, e se a natureza tivesse escolha, certamente preferiria a companhia dos macacos a dos homens! E tenho dito!
Aplauso, gritos, assobios, é Zé das Mercês, o gênio da oratória do Largo do Machado em plena função.
-Pô, Zé, você fala bem demais – emociona-se o amigo, mais bêbado do que o intrépido orador.
Abraçam-se, é claro que pedem mais uma, é hoje que dona Encrenca vai baixar o sarrafo quando ambos chegarem em casa... Mas, pelo menos, a natureza está salva, ainda que por breves instantes.
Eu apenas seguro a cartola...
sábado, 14 de junho de 2008
terça-feira, 10 de junho de 2008
sábado, 7 de junho de 2008
quarta-feira, 4 de junho de 2008
RESPONDA RÁPIDO
Onde você estava em 29 de junho de 1958?
Se você ainda não tinha nascido, não sabe o que perdeu.
Eu estava agarrado ao enorme rádio de meu avô, os dois de pijama, fazia um certo frio naquele inverno carioca. Eram três da tarde em Estocolmo, dez da manhã no Rio de Janeiro, e a seleção canarinho – vestida de azul... – adentrava o gramado na Suécia para disputar a final da Copa contra os donos da casa. E quando o jogo começou... a transmissão de Oduvaldo Cozzi foi para o espaço.
Eu estava agarrado ao enorme rádio de meu avô, os dois de pijama, fazia um certo frio naquele inverno carioca. Eram três da tarde em Estocolmo, dez da manhã no Rio de Janeiro, e a seleção canarinho – vestida de azul... – adentrava o gramado na Suécia para disputar a final da Copa contra os donos da casa. E quando o jogo começou... a transmissão de Oduvaldo Cozzi foi para o espaço.
- Vai ser dada a partida para o jogo decisivo que soskmwebnystgfahsjsdjdjhdghhjhjkk....
Era um suplício, o som ia e vinha e apenas pescávamos pedaços do que estava acontecendo. Quando entendemos alguma coisa, já estava 1 a 0 para os suecos! O resto da história todo mundo sabe, e sabendo ou não, é impossível deixar de ver o emocionante documentário “1958- O ano em que o mundo descobriu o Brasil”, dirigido pelo múltiplo José Carlos Asbeg. O Zé foi à Suécia e achou os sobreviventes daquela final.
Nos 50 anos do título que tirou o complexo de cachorro vira-lata dos brasileiros, nada como lembrar a maior seleção de todos os tempos. Confira o trailer!
terça-feira, 3 de junho de 2008
Cadeiras-moléculas
Estou tomando um remédio para a hipertensão que me deixa para lá de Bredegondes, se é que esse lugar existe. Resultado: de vez em quando eu fico vendo coisas que estão lá mas não são bem assim, deu para entender? Um exemplo: as cadeiras de uma sala de convenção. De repente, elas ficaram parecendo um bando de extraterrestres, uma sucessão de lápides, um convescote de moléculas, um cenário de peça infantil... Ainda bem que eu fotografei tudo para vocês não acharem que estou ficando, finalmente, doido. É só o remédio, gente!
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